22 de outubro de 2025  —  Lee Pender

Pesquisa revela como homens e mulheres veem de forma diferente as carreiras das mulheres TI

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Uma nova pesquisa global da Acronis revela uma diferença significativa de percepção entre os gêneros em relação aos papéis das mulheres na indústria de tecnologia.

O relatório Acronis 2025 Women in Tech explora não apenas como as mulheres percebem suas próprias carreiras em TI, mas também como os homens percebem as trajetórias de carreira das mulheres. Algumas das diferenças de percepção são marcantes.

A Acronis pesquisou mais de 650 profissionais em oito países, com homens representando mais de 70% dos entrevistados. Esse número acompanha de perto a faixa de gênero dos funcionários da indústria de TI.

Principais descobertas: A diferença de percepção de gênero

Três quartos dos homens acreditam que homens e mulheres têm igual acessibilidade a oportunidades de desenvolvimento de carreira, mas apenas 60% das mulheres concordam, uma diferença de 15 pontos percentuais que representa uma desconexão fundamental no local de trabalho.

O equilíbrio entre vida pessoal e profissional revelou uma das diferenças mais marcantes: 63% das mulheres disseram que esses desafios impactam significativamente a progressão na carreira, em comparação com 49% dos homens. Além disso, 66% das mulheres acreditam que precisam trabalhar longas horas para avançar, em comparação com 56% dos homens que acham que as mulheres enfrentam essa pressão.

O preconceito de gênero surgiu como a principal barreira que impede as mulheres de seguir carreiras em cibersegurança, sendo citado por 41% das mulheres em comparação com 33% dos homens. Quando se trata do que limita os cargos de liderança para as mulheres na área de cibersegurança, 41% delas apontaram os estereótipos de gênero e o preconceito, enquanto 36% dos homens concordaram.

As mulheres têm preferências claras em relação ao tipo de apoio: 43% desejam que os homens defendam a igualdade de oportunidades, enquanto apenas 17% priorizam a mentoria. No entanto, 23% dos homens acreditam que a mentoria é a melhor abordagem de suporte.

Estatísticas combinadas: A realidade do FOMO na tecnologia

O FOMO, ou "medo de ficar de fora", tornou-se uma preocupação persistente de carreira que afeta a maioria dos profissionais de TI, independentemente do gênero. A pesquisa

revelou que 43% das mulheres às vezes sentem que perdem momentos importantes da carreira devido às responsabilidades familiares, enquanto 17% frequentemente se sentem deixadas de fora de grandes oportunidades.

Quase metade de todos os entrevistados (48%) recusou promoções, treinamentos ou responsabilidades adicionais devido a preocupações com o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Ainda mais impressionante: 73% dos profissionais de TI já recusaram oportunidades relacionadas ao trabalho — como conferências, viagens de negócios e eventos de networking — pelo menos uma vez devido a obrigações familiares.

De modo geral, 35% dos participantes apontaram o preconceito e os estereótipos de gênero como o principal motivo que desestimula as mulheres a seguirem carreiras em cibersegurança, enquanto 38% identificaram esses fatores como a maior barreira para que elas alcancem cargos de liderança — seguidos pelos desafios de equilibrar vida pessoal e profissional, citados por 32%.

Perspectivas regionais: Variações culturais

A ampliação do escopo geográfico da pesquisa revela diferenças culturais fascinantes em como os profissionais de TI percebem questões de gênero.

Foco europeu no reconhecimento de preconceitos

Os entrevistados europeus demonstraram uma conscientização especialmente forte sobre o viés de gênero. O Reino Unido se destaca de forma significativa: 46% apontaram o preconceito e os estereótipos de gênero como o principal motivo que desestimula as mulheres a seguirem carreiras em cibersegurança — em comparação com 33% nos Estados Unidos, 29% na Espanha e 26% na Suíça.

A França apresenta uma perspectiva dividida, com respostas igualmente divididas entre viés de gênero (33%) e falta de modelos femininos (33%). A Alemanha enfatiza tanto o viés de gênero (33%) quanto a exposição limitada a carreiras para mulheres (31%).

Equilíbrio entre vida pessoal e profissional: Divisões culturais dramáticas

As diferenças regionais mais marcantes surgem em torno do equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Os Estados Unidos se destacam, com 54% afirmando que os desafios de equilíbrio entre vida pessoal e profissional afetam desproporcionalmente as mulheres. Essa é a maior taxa entre todos os países pesquisados.

Isso contrasta fortemente com as perspectivas europeias. Na Alemanha, apenas 17% concordam que o equilíbrio entre vida pessoal e profissional afeta desproporcionalmente as mulheres. A Suíça mostra um padrão semelhante, com apenas 26%.

As implicações práticas são claras ao examinar as oportunidades recusadas. Os Estados Unidos registram a maior taxa global: 82% dos participantes já recusaram oportunidades relacionadas ao trabalho devido a obrigações familiares. Isso se compara a 70% no Reino Unido e 73-74% na Suíça, Alemanha e Espanha. Países da Ásia-Pacífico, como Cingapura e Japão, relatam recusar oportunidades com menos frequência.

Acesso igualitário a oportunidades de carreira

A confiança na acessibilidade igualitária varia significativamente por região. A Suíça e os Estados Unidos mostram os níveis mais altos de confiança, com 76% e 75% respectivamente acreditando que homens e mulheres têm acessibilidade igual às oportunidades de desenvolvimento de carreira.

A Espanha apresenta a visão mais cética, com apenas 60% expressando confiança na acessibilidade igualitária. A Alemanha apresenta resultados mistos: 39% afirmam que o acesso é ‘principalmente’ igual, enquanto 31% respondem ‘nem tanto’.

Para mais resultados e perspectivas, baixe o relatório.

Sobre a Acronis

Uma empresa suíça fundada em Singapura em 2003, a Acronis possui 15 escritórios no mundo inteiro e funcionários em mais de 50 países. O Acronis Cyber Protect Cloud está disponível em 26 idiomas em 150 países e é utilizado por mais de 21,000 provedores de serviços para proteger mais de 750,000 empresas.